Chegou a vez da Liga Nacional. Gigantes e piratas vão se enfrentar e somente uma equipe continuará viva. Vamos à prévia:
SAN FRANCISCO GIANTS
– Starter: Há alguns anos atrás você olhava para a rotação dos Giants e Madison Bumgarner era o 4º pitcher na ordem. De lá pra cá muita coisa mudou e ele se tornou o verdadeiro ace do staff. Com 25 anos, duas World Series no currículo e seis jogos iniciados na pós-temporada, MadBum é um excelente nome para se ter no montinho numa partida decisiva.
– Lineup: Nas últimas temporadas, ter um ataque “questionável” foi algo comum em San Francisco. Em 2014, o cenário foi um pouco diferente: a equipe conseguiu ficar na metade de cima da tabela em corridas anotadas e home runs batidos. Buster Posey é um dos melhores jogadores da liga e o verdadeiro símbolo dos Giants. Hunter Pence parece um ET jogando, mas o que importa são os resultados e isso ele tem conseguido. Seus 20 home runs na temporada, aliados às 29 duplas e 10 triplas fizeram dele uma verdadeira ameaça. Pablo Sandoval recuperou parte de sua melhor forma e junto com Michael Morse pode causar alguns problemas à defesa adversária. Por fim, Brandon Crawford se tornou uma das peças fundamentais no time e silenciosamente teve uma das melhores temporadas de um shortstop na Liga Nacional.
– Bullpen: Após temporadas seguidas de muito sucesso, Sergio Romo vacilou um jogos seguidos e perdeu o posto de closer no meio da temporada. Sorte dos Giants que Santiago Casilla estava pronto para reassumir o cargo e cumpriu muito bem seu trabalho. Jean Machi surgiu como um reliever consistente em suas duas temporadas completas e, após temporadas de altos e baixos, Jeremy Affeldt voltou a ser mortal contra canhotos. O bullpen de San Francisco não possui uma grande estrela, mas tem peças que se completam e muita experiência nos playoffs, e isso pode fazer muita diferença numa decisão.
PITTSBURGH PIRATES
– Starter: Edinson Volquez ganhou a fama de eterna promessa que não se tornou o que todos esperavam. Em 2014, sua primeira temporada com os Pirates, foi dono de uma respeitável ERA de 3.04, mas isso pareceu mais sorte que dominância, já que teve um alto número de walks e rebatidas cedidas. O que pode animar a torcida em Pittsburgh é o fato de setembro ter sido um excelente mês para o Volquez, que cedeu apenas 4 corridas em 32.1 entradas.
– Lineup: Pirates, rebatedores… o primeiro nome que vem à cabeça é Andrew McCutchen e não é para menos. 2014 foi mais uma temporada fantástica para o center fielder, que é uma ameaça tanto no bastão quanto correndo bases, além de ser um defensor de alto nível. Mas talvez a grande força dos Pirates esteja em seus coadjuvantes. Josh Harrison e Starling Marte tiveram a melhor temporada de suas curtas carreiras e contam com muita velocidade em base para pressionar os arremessadores adversários. E Russell Martin tem sido a engrenagem dessa equipe, seja chamando os arremessos enquanto joga como catcher ou rebatendo e chegando um base (OBP de .402). A parte baixa da lineup é mais frágil, por isso esses jogadores serão os responsáveis por boa parte da produção no ataque.
– Bullpen: A verdadeira fortaleza dos piratas para a decisão em jogo único. Tony Watson tem melhorado a cada ano desde que estreou na liga em 2011, e 2014 não foi diferente: foi mortal contra canhotos e fez um bom trabalho ao limitar corridas contra destros. Jared Hughes terminou a temporada em alta, apesar do baixo número de strikeouts. Para fechar as portas, Mark Melancon encaixou mais uma campanha excelente em 2014, com uma cutter que ninguém conseguiu rebater durante o ano inteiro e um baixo número de walks. Se o Volquez conseguir entregar 5 entradas aos Pirates em um jogo equilibrado, Pittsburgh estará em boas mãos.
PREVISÃO
A diferença no montinho é gritante. Bumgarner está anos luz à frente de Volquez e isso já dá uma boa vantagem aos Giants. Por outro lado, o ataque dos Pirates possui mais jogadores que podem fazer a diferença com alguns swings. Os bullpens estão bem representados, ainda mais considerando que os managers não vão evitar em fazer substituições de relievers, sabendo que esse pode ser o último jogo da temporada.
Porém um fator pode ser o mais importante sobre tudo isso: a experiência. Os Giants venceram duas das últimas quatro World Series. A franquia é “copeira”, sabe os caminhos das disputas eliminatórias. E isso fará a diferença.
Previsão: 6×2 Giants